Caiu. O Sport Clube Corinthians Paulista caiu para a segunda divisão. É inadmissível ler ou ouvir isso, não é? Todos os torcedores, jogadores e dirigentes também achavam isso até ontem, quando o pior realmente aconteceu.
Ouvi muitos amigos falar “time grande não cai”. Confesso que também achei que isso não aconteceria, pois há muito interesse ao redor de um time com uma torcida tão grande. Porém, a justiça foi feita, o time do Parque São Jorge não está mais na elite do futebol brasileiro.
Ninguém sabe em quem colocar a culpa pelo descenso, mas todos têm sua parcela de contribuição pela atual situação corinthiana. Pela ordem natural de um clube o primeiro culpado é a Diretoria que, durante treze anos, teve como líder principal Alberto Dualib. Em sua gestão ele desviou e lavou dinheiro, mudou o estatuto do clube, comprou dirigentes, assinou uma parceria suicida com a MSI entre outras tantas falcatruas.
Descendo um degrau estão os jogadores. O time montado para a disputa dessa campeonato nacional era péssimo, a base dele veio de clubes da série B e C, como Bragantino, Criciúma e Ituano. Uma equipe do tamanho do Corinthians não pode ter em seu elenco jogadores como Iran, Clodoaldo, Fábio Brás e Moradei.
Chegando ao último estágio, mas não importante, está a torcida. Em todos os programas esportivos típicos de domingo a noite, vi os comentaristas dizendo que a torcida não merecia passar por isso. Desculpe-me os corinthianos conscientes, mas merecia sim. Essa torcida que agora chora, um dia sorriu com a chegada de Tevez, Mascherano, Roger e Carlos Alberto. A mesma torcida que ontem estava cabisbaixa já entoou o coro de “EL EL EL, KIA É DA FIEL”. A grande massa corinthiana foi conivente com tudo de errado que aconteceu até chegar no fundo do poço onde estão hoje, então também são culpados.
A queda corinthiana já estava desenhada desde o meio do campeonato, mas ninguém realmente acreditou que aconteceria, pois ai está. Agora é fazer uma faxina geral no clube, reestruturar todos os departamentos e tentar colocar o Corinthians de volta a elite do futebol nacional. Para isso podem seguir o exemplo da Portuguesa, que com um time modesto, mas bem estruturado e com as contas em dia, conseguiu voltar a primeira divisão dos campeonatos paulista e brasileiro no mesmo ano.