segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Uma tragédia anunciada

Caiu. O Sport Clube Corinthians Paulista caiu para a segunda divisão. É inadmissível ler ou ouvir isso, não é? Todos os torcedores, jogadores e dirigentes também achavam isso até ontem, quando o pior realmente aconteceu.

Ouvi muitos amigos falar “time grande não cai”. Confesso que também achei que isso não aconteceria, pois há muito interesse ao redor de um time com uma torcida tão grande. Porém, a justiça foi feita, o time do Parque São Jorge não está mais na elite do futebol brasileiro.

Ninguém sabe em quem colocar a culpa pelo descenso, mas todos têm sua parcela de contribuição pela atual situação corinthiana. Pela ordem natural de um clube o primeiro culpado é a Diretoria que, durante treze anos, teve como líder principal Alberto Dualib. Em sua gestão ele desviou e lavou dinheiro, mudou o estatuto do clube, comprou dirigentes, assinou uma parceria suicida com a MSI entre outras tantas falcatruas.

Descendo um degrau estão os jogadores. O time montado para a disputa dessa campeonato nacional era péssimo, a base dele veio de clubes da série B e C, como Bragantino, Criciúma e Ituano. Uma equipe do tamanho do Corinthians não pode ter em seu elenco jogadores como Iran, Clodoaldo, Fábio Brás e Moradei.

Chegando ao último estágio, mas não importante, está a torcida. Em todos os programas esportivos típicos de domingo a noite, vi os comentaristas dizendo que a torcida não merecia passar por isso. Desculpe-me os corinthianos conscientes, mas merecia sim. Essa torcida que agora chora, um dia sorriu com a chegada de Tevez, Mascherano, Roger e Carlos Alberto. A mesma torcida que ontem estava cabisbaixa já entoou o coro de “EL EL EL, KIA É DA FIEL”. A grande massa corinthiana foi conivente com tudo de errado que aconteceu até chegar no fundo do poço onde estão hoje, então também são culpados.

A queda corinthiana já estava desenhada desde o meio do campeonato, mas ninguém realmente acreditou que aconteceria, pois ai está. Agora é fazer uma faxina geral no clube, reestruturar todos os departamentos e tentar colocar o Corinthians de volta a elite do futebol nacional. Para isso podem seguir o exemplo da Portuguesa, que com um time modesto, mas bem estruturado e com as contas em dia, conseguiu voltar a primeira divisão dos campeonatos paulista e brasileiro no mesmo ano.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Desaparecidos do futebol

Caros leitores, começo hoje uma sessão sobre os jogadores que despontaram em seus clubes como promessas e hoje estão sumidos do futebol e da mídia. Espero que gostem e me ajudem a descobrir onde alguns deles se encontram atualmente.

Renatinho - Atacante

Surgiu com pinta de craque no time do São Paulo campeão da Copa São Paulo de Juniores em 2000, que contava ainda com Kaká, Julio Baptista, Fábio Simplício e Gabriel. Profissionalizou-se em 2001 e, a partir daí, começou a sumir. Passou pelo São Caetano e Santa Cruz, em 2002, Fluminense em 2003, e ainda por Juventude, Lokeren (Bélgica), Paulista de Jundiaí, Rio Branco de Andrada (MG) e Uberaba (MG). Atualmente Renatinho está com 26 anos e as últimas notícias que encontrei sobre ele é que estava treinando para jogar a série C do Campeonato Brasileiro de 2007 pelo Crac de Goiás.

Quem tiver qualquer informação sobre ele, por favor, deixar um comentário.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Tem coisas, que só o futebol faz pra você


Quem teve a oportunidade de assistir o jogo entre Juventude e São Paulo, ontem em Caxias do Sul, presenciou uma das cenas que só o futebol pode proporcionar. No final da partida, na qual o Juventude vencia por 2 x 0, a torcida da casa começou a gritar “Olé” e a comemorar o resultado como se fosse final do campeonato.

Nada de surpreendente, não fosse a posição na tabela dos dois times. O São Paulo, que foi envolvido em campo pelo grito de “olé”, é, apenas, o campeão antecipado com quatro rodadas de antecedência do Brasileirão desse ano, enquanto o Juventude, cuja torcida entoava o coro e comemorava, é o penúltimo colocado do mesmo campeonato.

Podem dizer que o São Paulo estava na ressaca de campeão, que andou em campo, que não tinha gana de vitória, concordo com todos esses argumentos. Porém, em que outro esporte um time praticamente rebaixado consegue lotar seu estádio e fazer sua torcida cantar, vibrar e torcer como se fossem campeões? Qual esporte proporcionaria uma contradição tão grande como essa em Caxias do Sul? Com certeza nenhum. Por isso o futebol é apaixonante e o esporte mais praticado no Mundo.

Parabéns São Paulo pelo título de campeão nacional e parabéns Juventude, por proporcionar uma das noites especiais, entre tantas outras, desse espetáculo tão fantástico que é o futebol.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O circo chegou na cidade



“... vem à foca com a bola no nariz, tira bota a gente pede bis, o palhaço me deixa tão feliz ...” Quem não conhece o refrão da famosa música da Xuxa? Acho que todos que nasceram na década de 80 já a ouviram pelo menos uma vez. Pois bem, nunca uma música representou tão bem uma seleção brasileira como esta.

A seleção de Dunga é um verdadeiro circo. Malabaristas em campo brincando com a bola como focas amestradas. Todos gostaram de ver Robinho pedalando e fazendo graça, Ronaldinho Gaúcho driblando vários jogadores adversários e o goleiro Júlio César dando um corte no atacante equatoriano dentro do Maracanã. O que ninguém se lembra é que até os 30 minutos do segundo tempo o jogo estava apenas 1 x 0 e o goleiro brasileiro havia feito ao menos duas ótimas defesas.

O time brasileiro que disputa as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 é bagunçado, não tem padrão tático, não tem gana de vencer, o que vale é a brincadeira em campo. É apenas um combinado de jogadores parlapatões. com exceção de um, o meia Kaká, que corre e dribla como os outros, mas com objetividade, rumo ao gol.

Podem me chamar de pessimista, mas jogando esse péssimo futebol, a seleção brasileira corre sério risco de perder pela primeira vez para a Venezuela, equipe sem tradição, mas que, atualmente, está jogando um bom futebol, acertado taticamente e mais objetivo que o nosso.

Hoje todos brasileiros estão extasiados pela vitória de 5 x 0. Felizes da vida por ter goleado em casa, a fraquíssima seleção do Equador. Veremos se continuarão tão animados no decorrer dessas Eliminatórias.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

A imbecilidade humana não tem limites !!!



No dia 01 de outubro, ao final da partida entre Santos x Palmeiras pela categoria Sub-14, ocorreu um fato que me causou asco e raiva ao mesmo tempo. O presidente de honra da Mancha Alviverde, Paulo Serdan, pra variar, agrediu gratuitamente o técnico da equipe amadora do Palestra Itália, Márcio Vicente Rodrigues.

Não é novidade para ninguém que conheça um pouco de esporte que Serdan é um idiota movido por emoções e sentimentos mais idiotas que seu próprio criador. Um marginal que vive as custas de uma torcida organizada. No entanto, dessa vez, ele extrapolou todos os limites da imbecilidade.

Ao final da partida, Serdan entrou em campo e desferiu um soco no rosto do treinador palmeirense. Não satisfeito, ainda o chutou duas vezes após ter caído desacordado. Esse ato da pura e nua estupidez humana custou a Márcio Vicente Rodrigues três costelas quebradas e uma fratura no rosto.

Toda essa brutalidade se deu, segundo testemunhas, devido a irritação de Serdan com Márcio após ele sacar seu filho Caíque no intervalo do jogo. O preparador físico do palmeiras relatou que o presidente de honra da Mancha Alviverde disse que “o soco era 'pelo pai', e os chutes 'pelo torcedor'”.

Fico me perguntando. Até quando um bandido como esse – bandido sim, pois um homem que agride outro sem motivo é bandido e covarde – ficará solto pelas ruas? Quando será que a polícia tomará uma atitude severa contra animais como esse? Acho que essas perguntas nunca terão respostas.

E uma última coisa Paulo. Não se esqueça que tem um garoto de quatorze anos se espelhando em você e que carrega o sobrenome Serdan, que seu pai – Michel – levou anos para construir, e mesmo estando no ringue, nunca se envolveu em atos covardes como os seus.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

A arte do insulto


No último sábado tive a oportunidade de assistir junto com minha namorada, um amigo e sua companheira o espetáculo de Rafinha Bastos, “A arte do Insulto” no Teatro Crowne Plaza, na Rua Frei Caneca. É uma apresentação de stand-up comedy, ou seja, o humorista de cara limpa no palco munido apenas de um microfone.

O show é hilariante. Rafinha Bastos é engraçado por si só. Ao olhar para ele entrando no palco a platéia já tem vontade de rir, mas deixemos isso de lado, o que improta aqui é o show. O texto utilizado é atual e aborda temas do cotidiano. Alguns mais polêmicos como religião e escolhas sexuais, outros nem tanto, como relações familiares e filas de banco. Porém não há desrespeito a ninguém.

Do começo ao fim os assuntos vão se entrelaçando e o protagonista consegue uma boa relação com o público, tanto que, durante os 50 minutos de espetáculo não vi uma só pessoa sem dar boas gargalhadas.

Indico este espetáculo há todos que gostam de comédia e vivem rindo de qualquer bobeira. Recomendo também que procurem no You Tube alguns vídeos de Rafinha Bastos. Ele tem muitas coisas boas espalhadas pela net.

Para mais informações:
http://www.rafinhabastos.com.br/

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Favoritismo nunca mais


O favoritismo nunca foi aliado da seleção brasileira. Na maioria das competições na qual entrou como favorito ao título acabou fracassando. Basta lembrar, por exemplo, o grande time de 1982, com Zico, Sócrates, Falcão, Chulapa e companhia, e em 1998, com Ronaldo, Roberto Carlos, Rivaldo, entre outros.

Por outro lado, algumas conquistas importantes vieram em condições adversas. Nas Copas de 1994 e 2002 as equipes se classificaram com grande dificuldade nas Eliminatórias, chegaram ao Mundial sem qualquer badalação e se sagraram campeãs. Sempre que o time está desacreditado, recebendo fortes críticas da mídia e sem nenhuma perspectiva é quando as vitórias aparecem. E assim se fez novamente nesta Copa América.

O time comandado por Dunga recebeu muitas críticas. Muitos diziam ser um time fraco, sem padrão tático e com jogadores de baixo nível. Concordo em alguns pontos, principalmente sobre jogadores sem cacife para vestir a amarelinha, como Afonso, Doni, Fernando e Helton.

No entanto, a força de vontade, a garra e a união do grupo fizeram a diferença. Essas características saltaram aos olhos na final diante dos Argentinos. Logo contra eles, a seleção com mais raça e brio dentre todas.

Parabéns ao Brasil e, principalmente, aos jogadores brasileiros – em especial Mineiro e Josué, gigantes na marcação do meio campo -, que jogaram com fome de vitória, coisa que faltou aos argentinos.

Se para a seleção brasileira ser campeã é preciso ser criticada e jogar sem o apoio do torcedor, que o time vire “mulher de malandro” e saia vitorioso em todo torneio.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Jules Rimet é roubada novamente


Hoje estava conversando por MSN com um amigo – Marcos Paulo, vulgo “gordo” – quando ele me contou que haviam depredado uma estátua de Pelé em Salvador. Na hora achei que se tratava de mais um ato de vandalismo, coisa habitual em cidades grandes, porém o que mais me chamou a atenção foi à maneira que a estátua foi atacada.

Durante o final de semana, os vândalos arrancaram os braços da peça de bronze instalada próximo ao estádio Octávio Mangabeira, conhecido como estádio da Fonte Nova. Não é comum esse tipo de ação, mas não fiquei tão chateado, pois os membros levados foram os superiores e não inferiores, até porque seria uma grande ironia ver uma estatua do Rei do futebol sem as principais ferramentas de trabalho, as pernas.

Intrigado com esse estranho acontecimento fui em busca de mais informações e, finalmente, entendi a causa real do roubo. Os braços e as mãos de Pelé que foram levadas estavam segurando uma réplica da Taça Jules Rimet (conquistada pelo Brasil no Mundial do México, em 1970), ou seja, o interesse não foi levar uma parte do corpo de Pelé, mas a réplica da taça.

A Taça Jules Rimet, desde 1970, não teve vida fácil no Brasil. Primeiro roubaram e derreteram, no Rio de Janeiro, a original que era feita de ouro, agora, em Salvador, a réplica de bronze também foi surrupiada. Será que farão uma de prata para completar as prateleiras dos colecionadores?

Leia a matéria do roubo na íntegra em

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Me engana que eu gosto!

Antes que as críticas comecem a pipocar sobre mim quero deixar bem claro que Romário é o melhor atacante que vi jogar, ao lado de Ronaldo. Sua carreira foi excepcional. Ganhou títulos e foi ídolo por todos os clubes por onde passou, ganhou a Copa de 94 praticamente sozinho e era um exímio goleador. Era, pois atualmente ele é apenas um ex-jogador em atividade.

Se Romário tivesse nascido na Argentina, ou qualquer outro lugar do mundo, seria o Deus do esporte no país. Porém, nasceu no Brasil, onde Pelé é o maioral e, talvez por isso, inventou essa história dos 1000 gols para tentar se igualar ao Rei.

Foi ridículo ver o Faustão parar seu programa no meio para entrar um link ao vivo com o baixinho batendo um pênalti e marcando o seu suposto milésimo gol. Todos sabem que alguns desses gols são, no mínimo, mandraques. Segundo a revista Placar, ainda faltam 98 gols para Romário marcar o gol mil.

Romário conta gols da época de juvenil, gols marcados em “jogos armados” pelo Vasco da Gama, como contra um combinado de motoristas e cobradores de ônibus coletivos do Rio de Janeiro, e gols questionáveis, como os do Beach Soccer. É complicado abrir esse tipo de precedente para uma contagem tão importante, em breve os jogadores contarão gols desde a época do fraldinha, como ouvi há alguns meses, por exemplo, o empresário Vagner Ribeiro dizer que seu cliente Lulinha - jogador do Corinthians de 17 anos, que recentemente virou profissional - já tem mais de 230 gols.

Continuo dizendo, Romário é um grande jogador, um dos melhores da história, e, por isso mesmo não deveria encerrar uma carreira tão bela com uma patifaria deste tamanho. Por isso, para encerrar, vai o refrão de um samba antigo de Marquinhos Satã, Nivaldo Duarte e Serginho do Cavaco "...Que eu gosto, que eu gosto, me engana, me engana, me engana que eu gosto, que eu gosto...".

domingo, 13 de maio de 2007

Cara-de-pau tem limites!


É engraçado como o mundo dá voltas. Nessa última semana vi e ouvi o técnico DESEMPREGADO Emerson Leão, aquele que adorava destratar jornalistas em sua passagem pelo Corinthians, em três meios de comunicação diferentes: Arena Sportv, Pânico na Rádio Jovem Pan e Mesa Redonda da Gazeta.

Enquanto estava no comando do time do Parque São Jorge, Leão se sentia um rei. Não dava entrevistas, a não ser as coletivas pós-jogo, não deixava seus jogadores falarem com a mídia, sempre discursava em tom arrogante e prepotente, além de ironizar e ridiculzarizar os jornalistas durante seus pronunciamentos. Agora que está na geladeira, aparece com sua cara de pau na TV e até se dispõe a agüentar as piadas e indiretas bem humoradas do programa Pânico.

O que a mídia deve fazer agora é devolver o tratamento que ele vos deu durante o período que estava empregado. Não abrir as portas nem dar espaço para esse mau caráter se promover e tentar arrumar um bico em algum time nesse Brasileirão 2007. Somente dessa maneira ele aprenderá que a vida não gira em torno de seu umbigo, e que respeito e um pouco de educação é bom e todos gostam.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Aos vencedores, as batatas!


Nesse domingo os dois campeões do Paulistão 2007 – Santos pela série A-1 e Portuguesa pela série A-2 – tiveram atuações esplendorosas. Jogaram um futebol de primeira linha, bonito de ser ver e digno dos clubes grandes que são.

O Santos, que não vinha bem nos jogos da fase final, desencantou e voltou a mostrar o futebol que apresentava no início do campeonato. Dominou totalmente a partida e levou o título merecidamente, calando todos os críticos que já davam o caneco para o São Caetano.

Mais uma vez Luxemburgo mostrou que, além de ser o melhor treinador do Brasil, tem estrela. Em uma semana atribulada onde foi acusado de dispensar dois jogadores devido à “acordos” com empresários, Vanderlei usou essa revés para motivar a equipe e ainda colocou o, até então desconhecido, Moraes, jovem de 20 anos que fez o gol do título.

Já a Portuguesa merece parabéns pela campanha na Séria A-2. Foi o melhor time durante toda a competição mesmo não contando com jogadores excepcionais, porém muito esforçados e com um grande espírito de grupo. Merece créditos também o técnico Vágner Benazzi e o Presidente Manuel da Lupa. O primeiro por montar a equipe muito bem e o segundo por ter assumido o Clube quebrado e estar fazendo uma ótima gestão.

Parabéns a Santos e Portuguesa pelas conquistas. Sem dúvida os troféus estão em boas mãos.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Covardia em bando

No último post fiz um elogio a Polícia Federal que está trabalhando seriamente. Neste venho criticar alguns membros da Polícia Militar que agrediram um homem sem necessidade alguma. É vergonhoso como uma farda dá a sensação de impunidade. Vou parar por aqui, pois o vídeo fala por sí. Assistam.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Polícia Federal continua agindo

No último domingo assisti no Fantástico uma matéria sobre os bastidores da Operação Furacão da Polícia Federal. Nessa operação foram presos 25 envolvidos com a máfia dos caça-níqueis - entre eles delegados, advogados, juízes e desembargadores – além de 51 carros de luxo, avaliados em mais de R$ 20 milhões, quatro motocicletas, muitas jóais e R$ 10 milhões em dinheiro.

Há muitas coisas erradas no Brasil que devem ser criticadas, porém uma entidade já está merecendo reconhecimento e elogios há alguns anos, esta é a Polícia Federal. Em 2003 realizou 16 operações, entre elas a PLANADOR e a ANACONDA. Em 2004 esse número subiu para 42, contando com a VAMPIRO, PANDORA e POROROCA. No ano seguinte foram 65 por todo o país.

Em 2006 as operações quase triplicaram em relação ao ano anterior, chegaram a 168. Entre as mais conhecidas estão a SANGUESSUGA, CEROL, CEGONHA e DOMINÓ. Este ano já foram realizadas 34 e ainda estamos em abril.

Como se pode ver, a PF está trabalhando cada vez mais e com mais eficiência a cada ano, e o melhor, não faz distinção entre pobres, ricos ou políticos, pois em muitas dessas operações estão sendo presos políticos influentes, desembargadores, juizes, empresários e funcionários públicos. Por esses motivos tiro meu chapéu para a Polícia Federal.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Os vovôs do futebol


No último domingo vi uma cena que me fez refletir sobre a atual condição do futebol brasileiro. Edmundo após o empate do Palmeiras em 2 x 2 com o Guaratinguetá pelo Paulistão 2007, ainda abalado com o pênalti perdido e, conseqüentemente, a eliminação da Copa do Brasil para o Ipatinga em pleno Parque Antártica, chorou e desabafou ao saber que a diretoria concordou em liberá-lo caso chegue uma proposta oficial dos EUA.

Foi muito bonito ver um jogador chorar para não deixar o clube em que joga, mas convenhamos, o Edmundo não é mais um jovem promissor, tem 36 anos, está com a carreira feita e tem seu pé de meia, já está na hora de parar e, se possível, ajudar o Palmeiras com o dinheiro dessa transferência.

As lágrimas do “Animal” me trouxeram a memória mais alguns vovôs do futebol nacional como Romário, 41, Sorato, 38, Túlio, 37, Basílio, 35 e Antonio Carlos, 37. Todos eles já são considerados velhos para a prática do esporte, no entanto continuam jogando, e muito bem, pelos seus clubes.

Será que estes veteranos são tão espetaculares, tão foras de série a ponto de sobressaírem sobre os demais jogadores mesmo com uma condição física limitada no futebol força praticado atualmente ou, como disse o baixinho Romário “...os jogadores de hoje são muito fracos, por isso eu continuo jogando e fazendo gols...”?.

Essa dúvida continua me incomodando.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Será que vale, Palmeiras?


Depois de afirmar que Maradona foi melhor que Pelé, no último mês a FIFA divulgou outra decisão polêmica, oficializou o Palmeiras como o primeiro Campeão Mundial de Clubes em 1951, devido à conquista da Taça Rio desse ano.

Não sou contra o Palmeiras ter sido intitulado Campeão do Mundo, sei que é importante para a história do clube e para os torcedores, que vende mais camisa e tudo mais. Porém, se a FIFA abriu esse precedente para o time Palestrino vai ter que abrir para todos, e isso causará uma tremenda bagunça. Nas décadas de 40, 50 e 60 foram organizados muitos eventos com clubes de vários países do Mundo, o que acontecerá se cada time vencedor reivindicar um título Mundial? O Santos que participou de vários torneios pelo Mundo nessa época, por exemplo, já está entrando com recurso para ser reconhecido Campeão de Mundo em 1968.

Pra variar a FIFA enfiou os pés pelas mãos como em 2000, quando reconheceu os títulos mundiais de Corinthians e Boca Jr. no mesmo ano, e vai ter muita dor de cabeça ainda por essa decisão.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Pan 2007


"PÕE PAN"... como diria Milton Neves em seu programa esportivo diário na hora do almoço. Mas dessa vez o PAN não é só uma onomatopéia de suspense, é também diminutivo de pan-americano.

A realização do Pan 2007 no Rio de Janeiro é uma piada, e de muito mau gosto. Pra começar é inadmissível um evento dessa magnitude ser patrocinado com dinheiro público. Todas as Copas do Mundo e Olimpíadas são patrocinadas pela iniciativa privada, só no Brasil o dinheiro do povo é jogado no ralo com essas coisas.

Segundo o site Brasil no Pan, no dia 5 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou Medida Provisória, liberando R$ 475 milhões ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. Com a assinatura desta MP, o montante de recurso federal destinado aos Jogos soma R$ 1,284 bilhão, ou seja, quase 10 vezes mais ao previsto inicialmente. Alguém duvida que haja um caixa dois nesse Pan?

E a organização desse evento, como será? Se ano passado o país não foi capaz de organizar um Mundial de basquete, imagina como será no Pan. Outro fator decisivo é a violência da cidade sede, quem garante que não ocorrerá outro atentado como na Olimpíada de Munique?

Espero que esse Pan seja desastroso, pelo menos servirá para abrir os olhos da FIFA para que a Copa do Mundo de 2014 não seja no Brasil, pois caso isso ocorra será o Mundial de futebol mais esdrúxulo da história.