Antes que as críticas comecem a pipocar sobre mim quero deixar bem claro que Romário é o melhor atacante que vi jogar, ao lado de Ronaldo. Sua carreira foi excepcional. Ganhou títulos e foi ídolo por todos os clubes por onde passou, ganhou a Copa de 94 praticamente sozinho e era um exímio goleador. Era, pois atualmente ele é apenas um ex-jogador em atividade.
Se Romário tivesse nascido na Argentina, ou qualquer outro lugar do mundo, seria o Deus do esporte no país. Porém, nasceu no Brasil, onde Pelé é o maioral e, talvez por isso, inventou essa história dos 1000 gols para tentar se igualar ao Rei.
Foi ridículo ver o Faustão parar seu programa no meio para entrar um link ao vivo com o baixinho batendo um pênalti e marcando o seu suposto milésimo gol. Todos sabem que alguns desses gols são, no mínimo, mandraques. Segundo a revista Placar, ainda faltam 98 gols para Romário marcar o gol mil.
Romário conta gols da época de juvenil, gols marcados em “jogos armados” pelo Vasco da Gama, como contra um combinado de motoristas e cobradores de ônibus coletivos do Rio de Janeiro, e gols questionáveis, como os do Beach Soccer. É complicado abrir esse tipo de precedente para uma contagem tão importante, em breve os jogadores contarão gols desde a época do fraldinha, como ouvi há alguns meses, por exemplo, o empresário Vagner Ribeiro dizer que seu cliente Lulinha - jogador do Corinthians de 17 anos, que recentemente virou profissional - já tem mais de 230 gols.
Continuo dizendo, Romário é um grande jogador, um dos melhores da história, e, por isso mesmo não deveria encerrar uma carreira tão bela com uma patifaria deste tamanho. Por isso, para encerrar, vai o refrão de um samba antigo de Marquinhos Satã, Nivaldo Duarte e Serginho do Cavaco "...Que eu gosto, que eu gosto, me engana, me engana, me engana que eu gosto, que eu gosto...".